Uma equipa de Oftalmologistas da University of New South Wales at Prince of Wales Hospital, em Sydney, Austrália, anunciou na semana passada resultados encorajadores no desenvolvimento de um "olho biónico" destinado a pessoas com Degenerescência da Retina.
O procedimento consiste na colocação de micro-eléctrodos na superfície do olho, podendo cada um deles receber impulsos externos que os activam. Uma câmara externa capta as cenas e transmite os seus dados aos micro-eléctrodos através de um computador. De seguida, os micro-eléctrodos estimulam a retina, que transmite as informações ao nervo óptico.
Este estímulo eléctrico directo das vias visuais não vai permitir a recuperação total da vista, no entanto destina-se a proporcionar ao amblíope uma visão "funcional" suficiente para se situar e se movimentar.
De acordo com o líder da investigação, o professor Minas Coroneo, este dispositivo representa poucos riscos para o paciente, pois não necessita de uma intervenção cirúrgica e apresenta-se especialmente promissor para as pessoas que sofrem de Retinopatite Pigmentaria, uma destruição progressiva de determinadas células fotossensíveis, mas sem afectar o nervo óptico. "O paciente vai sentir flashes de luz que vão definir os contornos dos objectos que se encontram à sua volta", explicou o professor.
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